14/05/2011 por
Ação típica dos maiores déspotas que o mundo já conheceu, o desarmamento civil não reduz a criminalidade e deixa a população honesta indefesa, tanto frente à bandidagem comum quanto junto à engravatada. Um exemplo típico, claro e atual é o estado de Sergipe. No primeiro golpe da entrega voluntária de armas, o Estado foi o recordista em devolução, tendo sido recolhidas 16.560 armas. Agora, de acordo com o “Mapa da Violência 2011”, estudo realizado pelo Instituto Sangari e divulgado pelo Ministério da Justiça, nos últimos 10 anos o número de homicídios em Sergipe quadriplicou, tornando-se um dos mais violentos do País.
Isso a que nos acostumaram a chamar de autoridade não pensa, não respeita, age por impulso e em razão apenas do momento. Em 2005, 64% dos brasileiros decidiram manter na legalidade a compra de armas e de munição. Mas gente como o senador Cristóvão Buarque finge ignorar e trata a população como mongolóide, autômato, um bando de inconsciente, sem vontade própria e que obedece a vontade alheia sem reflexão. Nem toda população é assim senhor autoridade.
A imprensa divulgou esta semana dados do próprio Ministério da Justiça apontando que apenas 8% dos crimes no Brasil são elucidados. Dos 50 mil homicídios que ocorrem no País, por ano, segundo o “Mapas da Violência 2011”, apenas quatro mil crimes têm o autor (ou os autores) descoberto e preso. Depois, claro, vêm as regalias e as penas são reduzidas a ações ridículas, como cesta básica e outras aberrações. Lembrando que a maioria desses casos não elucidados prescreve em 20 anos.
As famigeradas autoridades, tão eficazes e ágeis em criar leis oportunistas que restringem nossas liberdades entre outras aberrações, não têm coragem de alterar nossos benevolentes códigos. Criam, sim, um emaranhado de leis que facilitam a escapatória de confessos marginais e servem de saída de emergência aos próprios cognominados legisladores.
Ou são os maiores crápulas que a imaginação possa permitir, ou são, de fato, mentecaptos, néscios, imbecis, incapazes e sem noção, perdidos em meio à vaidade e a hipocrisia que cegam e, no lugar de lutar por objetivos reais, confundem-se na névoa das convenções estabelecidas por minorias exóticas que aproveitam-se da população desinformada, da passividade reinante, para impor vontades pessoais, grupais e internacionais sem, no entanto, alertar para as gravíssimas conseqüências.
Como já nos tempos de Trasimaco, nesse País, a justiça e outros conceitos derivados da lei são ferramentas de domínio dos fracos (e honestos, acrescente-se).