25/12/2006 por
Em um noticiário local de uma TV no interior de Minas, uma senhora reclamava, entre lamúrias e choramingos, do lixo e entulhos ao redor de sua casa, em lotes vagos.
Detalhou até que sua filhinha de três anos se machucou quando brincava na imundice. O coro reforçado pela vizinhança clamava pela cidadania, pelo seu resgate.
Eu me pus a perguntar, de novo, o que seria o tão badalado, decantado e reprisado resgate da cidadania? Como resgatar algo que nunca tivemos?

Bem, se ninguém sabe, utiliza-se o termo para reclamar qualquer coisa. Para esperar que o poder público faça tudo, inclusive impedir que uma criancinha de três anos vá brincar na sujeira em meio a entulhos.
Certamente, cidadania seria ação no lugar de palavras. Cidadania seria os próprios moradores, em vista do descaso das autoridades, tomarem as providências necessárias, limpar a área para a própria segurança e, principalmente, para a de seus filhos. É não esperar que façam tudo por nós. É não sujar. É educar. Aquela velha e eficiente educação de berço. É agir mais e falar menos.
Antes de gritarmos por resgate de cidadania, criemos uma, primeiro. COMENTÁRIO – 25.12.06
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