Os ‘girobinos’ do Brasil

Rei morto e rei porvir – Nem Jacobinos nem Girondinos, mas servis e demagogos engonçados fantoches do poder mundial

Em que posição política poderia encaixar o cabuloso José Serra? Dentro de nossos conceitos de esquerda e direita, em comparação com Lula da Silva, onde se encontra?
Para os lulistas, o Cabuloso governador paulista representa a direita; para esse, Lula é esquerda situacionista. Para muitos, ambos são farinha do mesmo saco. Quando Ernesto Geisel resolveu por livre e espontânea pressão do poder internacional promover a abertura lenta e gradual, levado a cabo pelo presidente João Figueiredo, ambos, Lula e o cabuloso Serra estavam juntinhos nos palanques se apresentando com arautos da democracia.
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Esquerda, direita… que diferença tem os sujeitinhos?
Posavam ao lado de tantos outros como Ulisses, Tancredo, Teotônio etc. e tais, como os heróis a derrubar os governos militares e implantar a democracia. Nunca fizeram nenhuma nem outra. O fim dos governos militares ocorreu simultaneamente em todo o mundo. Deu-se quando o establishment assim julgou necessário para levar a cabo o plano de domínio e governo único mundial, via famigerada globalização.
Depois vieram a queda da União Soviética, do muro de Berlim e tais. O resto foi conversa pra boi dormir, aproveitadores que ainda hoje não tiveram coragem, nem um, nem outro e ninguém, para denunciar o que realmente ocorre de verdade aqui e alhures. Todos comem na mesma gamela, ambos se lambuzam com o mesmo melaço internacional. Vendem a alma ao diabo para alcançar o poder, inda que limitado ao mundanismo doméstico e para encher o embornal como todos fizeram nos últimos 26 anos, talvez com exceção de Itamar Franco, o mais execrado de todos.
Esquerda e direita poderiam ser o que ocorreu no final dos anos de 1960 e início dos anos de 1970. Os governos militares da chamada direita, ao lado dos Estados Unidos, das indústrias, da propriedade privada, dos bancos etc., e aqueles que lutavam para implantar a ditadura comunista, a esquerda, a favor de um governo único, sem direitos, sem iniciativa privada, sem propriedade privada etc.. Tudo isso supostamente, pois os mesmos que se diziam de esquerda naquela época, a favor do proletariado, idealistas etc., são os que hoje ocupam e se locupletam nos podres poderes; promovem escândalos financeiros, dinheiro na cueca, na meia e tudo o mais e ainda recebem indenizações milionárias. Uma espécie de compensação por não conseguirem implantar uma ditadura comunista, a esquerda, no Brasil.
Serra e Lula, embora não tenham participado desse imbróglio de maneira efetiva, (como fez Dilma, com explosões, tiros, assassinatos e tudo o mais), hoje recebem essas mesmas indenizações da viúva. O primeiro porque, filho de papaizinho, achava bonitinho ser contra, contra qualquer coisa e, como FHC, foi pro Chile, pra ficar chic e bem na foto.
Talvez já pensando num dinheirinho extra e fácil anos depois. Lula recebe um bom quinhão porque, depois que a carruagem já havia passado, já no final dos anos de 1970, promoveu algumas arruaças e passou uma noite na prisão. Resumidamente são essas as ‘heróicas’ lutas pela democracia de ambos, Serra e Lula.
Originalmente, porém, estes fundamentos, direita e esquerda, nasceram durante a Revolução Francesa, (aquela barafunda de traição que entrou para história e hoje é imitada pelo PT). O termo esquerda foi concebido pelo fato dos Jacobinos (a pequena e média burguesia, que sustentavam a radicalização do processo revolucionário) ocuparem a ala esquerda do parlamento francês, enquanto a ala direita era ocupada pelos Girondinos (a alta burguesia, que pretendia programar reformas mais moderadas).
Em outras palavras, os Jacobinos (à esquerda) defendiam propostas mais radicais, tendo em vista o atendimento dos interesses das camadas mais populares, ao passo que os Girondinos (à direita) eram mais conservadores e lutavam fundamentalmente pelos interesses de sua própria classe. A partir daí, toda ação política de caráter mais popular, que visasse beneficiar as classes menos abastadas, recebeu o rótulo de esquerda. Já as ações de caráter mais conservadoras e elitistas, o de direita.
Pois então… ?, Lula, FHC trairão, assim como Serra, são, na acepção da palavra, demagogos paternalistas Jacobinos. Mas ao mesmo tempo defendem, com vigoroso e vergonhoso servilismo, os preceitos ditados pelos Girondinos modernos, a elite financeira internacional. Ambos, assim como os passados e seja lá quem num futuro próximo, não passam de uns Girobinos, mistura de Jacobinos com Girondinos. Em resumo, são nada, representam nada, muito menos mudanças ou uma luz, nem que seja de lamparina no final deste imenso e macabro túnel chamado Brasil. Nem com Lula, nem com Serra e nem com Dilma.

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