Franceses e seus comparsas limparam o Haiti e criaram a maior favela do mundo

06/02/2010 por blogdojua

Assalto da França no Haiti ultrapassa os 50 bilhões de dólares, atuais. E por aqui, todos se calam, políticos, jornalismozinho mequetrefe e até os movimentos negros, que desconhecem a própria história

O estado lastimável do Haiti tem porque e data. Começou exatamente em 1791 quando os negros africanos, subjugados pelos europeus, em especial ingleses, franceses e espanhóis, resolveram colocar um basta no “terrível sofrimento da escravidão impiedosa”.

Bwa Kay Iman é considerada a primeira grande revolta contra o genocídio de negros depois de décadas de lutas e escaramuças. E, sob o comando de uma mulher, Cecile Fatiman, sacerdotisa Vudu, filha de mãe africana e pai europeu, transformou o Haiti na pátria mãe da dignidade, da humanidade e da liberdade dos negros nas Américas.

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A Linda mulata de olhos verdes, como é descrita nos anais, deu início aos levantes que lograram a luta contra a escravidão em todas as Américas. E isso com muita luta, esforço, dignidade e vontade dos negros haitianos que enfrentaram e derrotaram, em guerras sangrentas, ingleses, estadunidenses e até o exército de Napoleão para conseguir sua liberdade. E as lutas não custaram somente as vidas. Seguiram-se boicotes, extorsões e pressões por parte dos europeus.

A França promoveu a chamada Diplomacia das Canhoneiras, extorquindo, com a ajuda de outras nações brancas, as riquezas haitianas pelo resgate dos negros escravos que perdeu. Entre os anos de 1825 e 1947 a França arrancou a força, da pequena ilha, cerca de o equivalente hoje a 40 bilhões de dólares, sob a mira de seus canhões. Paralelamente, a Inglaterra, com receio de que suas colônias fossem perdidas para os negros africanos, proibiu o tráfico de escravos, não por humanidade, mas por temor de levantes e a perda das concessões, ao mesmo tempo em que promovia o boicote à nova Nação de negros guerreiros.

A medida foi seguida pelo já então independente Estados Unidos que passou a proibir qualquer tipo dResultado de imagem para Cecile Fatimane comércio com o Haiti, dando início a uma nova covardia e a um novo estilo de domínio. O domínio da fome. O mundo deve muito ao Haiti e à sua gente valente. Teve peito, coragem, honra, decoro para enfrentar os poderosos que se julgam acima de tudo e todos e que ainda continuam dominando, escravizando, matando tudo que não seja europeu, israelense ou estadunidense. O boicote e as extorsões à República Abolicionista do Haiti perduraram e perduram ainda hoje, sob o comando de ingleses, estadunidenses, espanhóis e pelos campeões mundiais de igualdade, liberdade e fraternidade, os franceses.

Em 2004, quando se comemorava os 200 anos da libertação, da grande vitória haitiana, o então presidente desse País, Jean Bertrand Aristide, foi arrancado à força do palácio presidencial e enviado para a África onde ainda permanece isolado. O pecado de Aristide foi o de reivindicar que o mundo branco e rico da Europa e dos Estados Unidos reparação e restituição de tudo aquilo que lhe foi arrancado à força, inclusive os 40 bilhões de dólares roubados pelos franceses.

A elite mundial não admite rebeldes e nem suporta corajosos, como foram e os são os haitianos. Não esquecem as escaramuças de séculos passados. Não esquecem os atos de coragem de um povo sofrido, não perdoam os ideais de liberdade daqueles que julgam inferiores. Ainda acredita que a medida certa contra esses valentes e destemidos negros, sejam as mesmas que utilizavam nos séculos 17 e 18, quando os negros revoltosos eram torturados e comidos vivos por cães especialmente treinados para alimentarem-se de carne de africano ou eram feitos em pedaços com explosivos em seus órgãos genitais.

O genocídio do século 19, quando a população total africana foi reduzida de 50 milhões para 25 milhões, por atos desses civilizados europeus ainda não terminou. Agora, contando com os israelenses, roubam os órgãos das vítimas dos abalos que eles mesmos promovem na tentativa insana de por um fim definitivo a uma raça cujos defeitos são o de terem nascidos, serem negros, fortes, corajosos e destemidos e a petulância de não se sujeitarem à escravidão do branco europeu. E esse o povo, a Nação e o país que Lula acha que vai conquistar. Aqueles são os inimigos ocultos a que Lula acredita ser o cara e, mais uma vez, não passa de bobo da corte fazendo o serviço de faxineiro para os algozes da humanidade.

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Enquanto isso, aquilo que se apresenta como “jornalismo” no Brasil se cala, se esconde, foge, se vende, trai, e nada vê, como uma avestruz com a cabeça enfiada na lama. Assim também agem os chamados movimentos negros do Brasil. Desconhecem ou fingem desconhecer a luta de seus antepassados. Preferem esconder-se no manto das reivindicações e, no lugar da luta, da coragem, da disposição, preferem perpetuarem-se no cômodo sentimento de inferioridade exteriorizado por regalias e direitos especiais como cotas universitárias, como um atestado de inferioridade. As ações no Haiti não são humanitárias, não é difícil concluir tratar-se, na verdade, de invasão e o objetivo não é outro senão implantar a moderna escravidão disfarçada de falsa democracia monitorada pelos poderosos. Os mesmos escravocratas de séculos passados.

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