BlogdoJua 02-04-2007
Em sua vitoriosa campanha eleitoral para o governo dos Estados Unidos, Abraão Lincoln enfrentou um dos seus mais acérrimos inimigos de nome Stanton que odiava Lincoln. Todas as suas energias eram empregadas para o diminuir e usava expressões ofensivas procurando embaraçá-lo e subjugá-lo com as mais azedas injúrias. As diatribes não foram capazes de derrotá-lo e foi eleito presidente.
Na formação de seu gabinete, para o cargo mais importante, o da Guerra, foi buscar justamente seu algoz: Stanton. A gritaria foi geral. Lincoln ponderou que, acima de tudo, estava o interesse da Nação.
Quando de seu assassinato, grandes elogios foram prestados, nenhum com mais fervor, veemência e reverência que o de Stanton, que a ele se referiu como um dos maiores homens de todos os tempos, e que “agora pertence à História”. Foi, sem dúvida, um ato de sabedoria e esperteza de Lincoln. Alem de granjear um profissional competente, destruiu um ferrenho inimigo de seu governo.
Agora, no Brasil, Lula acaba de fazer ministro, de alguma das 36 Pastas, um de seus mais ferrenhos críticos, professor Roberto Mangabeira Unger. Ungido ministro, cessam as implacáveis críticas que até recentemente o professor dirigia ao seu, agora, mestre. Ficaremos com a dúvida. Se tudo foi um jogo de interesse, se foi um ato de sabedoria ou apenas mais ação de nossa incorrigível sem-vergonhice crônica. De toda maneira, embora Lula deteste os livros, em seu Governo alguém preza a sabedoria.