Enquanto a miséria e as dificuldades internas crescem, dinheiro do contribuinte estadunidense financia matanças no outro lado do mundo
Publicado originalmente em 04/03/2013
No final de semana, em Washington, o American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) realizou a sua conferência anual. O motivo principal é sempre o mesmo: manter e fazer crescer o maior lobby pró Israel nos Estados Unidos, e com ele os atuais repasses de 30 bilhões de dólares dos EUA para o Estado Judeu.
A Comissão EUA – Israel de Assuntos Públicos é o mais poderoso lobby pró-Israel nos EUA, e reuniu cerca de 13.000 delegados no sábado e no domingo.
O AIPAC domina vários setores da economia dos EUA, entre eles a indústria bélica e a cinematográfica, além de emissoras de rádio, TV, jornais e revistas. Somam-se fortes laços com eleitores da direita religiosa e a grupos evangélicos.
Na conferência de 2012, ouviram do presidente Barack Obama, que Israel nunca teve um amigo melhor na Casa Branca.

financeira e armamentista dos EUA a Israel – (electronicintifada)
Por conta do dinheiro e do poder, representa enorme força de muito influência eleitoral, e na maioria dos casos, é quem traça os rumos da política internacional. Entre os mais destacados:
AIPAC é um dos mais poderosos grupos de interesse dos EUA, sobretudo internacional;
AIPAC pressionaram o governo dos EUA no ano passado em 23 projetos do Congresso sobre sanções ao Irã;
Ex-funcionários da AIPAC afirmam que o grupo financia campanhas presidenciais e em contrapartida, recebem a garantia de manutenção da política pró-Israel;
O lobby pró-Israel ajuda a garantir os candidatos obter ajuda financeira de seus bilionários membros;
Em 2008, a AIPAC doou U$ 3 bilhões para candidatos ao Congresso dos EUA;
Manifesto contra a matança israelense
Neste final de semana, enquanto os congressistas decidiam o rumo do mundo, do lado de fora, manifestantes protestavam contra o financiamento da matança israelense, ” dinheiro dos impostos estadunidense!!”.
Ativistas e artistas de diversos grupos de solidariedade à Palestina, e organizações de direitos humanos, lançaram campanhas publicitárias, colocando cartazes nas estações de metrô que exigem o fim do pacote dos EUA “de ajuda de bilhões de dólares a Israel, a custa do sacrifício do povo estadunidense.”.
Um dos idealizadores do manifesto, Ahmad Barclay, sintetiza o movimento: ” Esperamos que esta campanha estimule os contribuintes americanos a questionar de forma mais ativa, onde o seu dinheiro está sendo gasto em um momento tão crítico na vida de todos.”.
Uma das ações mais eficazes da AIPAC é a influência pecuniária nos principais meios de comunicação de todo o mundo, incluindo o Brasil. Seus membros são os principais financiadores do CFR (Council on Foreign Relations) que dita as normas, a linha e uniformiza os meios de comunicação. Ou alguém acredita ser coincidência que jornais publiquem, sempre, as mesmas versões dos fatos, sem questionamentos, sem críticas, assim como fazem as emissoras de tevês e rádios. Isso, além de desinformar e imbecilizar.
Um exemplo é a cobertura dos protestos e das razões da conferência, além dos bilhões com os Estados Unidos fomentam a matança, enquanto seu próprio povo come o pão que o diabo amassou: nenhuma.
Nessa fortuna derramada pelos EUA em Israel, não está incluído o financiamento ao terrorismo, como ocorre na Síria.